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Pressão sobre Israel e boicote dos EUA marcam conferência da ONU sobre Palestina

Conferência da ONU busca abordar a solução de dois Estados no Oriente Médio em meio a crescente tensão e crítica humanitária. Com a participação de diversas nações, o evento enfrenta resistência de Israel e dos EUA, revelando os desafios diplomáticos da situação.

Conferência da ONU: As Nações Unidas realizam nesta segunda-feira (28) em Nova York uma conferência voltada para a solução de dois Estados no Oriente Médio, diante da crise humanitária na Faixa de Gaza.

A conferência, presidida pela França e Arábia Saudita, conta com o Brasil à frente de um dos grupos de trabalho, ao lado do Senegal. Participam também países como Qatar, Canadá, México, Turquia e membros da União Europeia e da Liga Árabe.

Inicialmente marcada para junho, o evento foi adiado após conflitos entre Israel e Irã e agora opera em nível ministerial. O objetivo é criar consensos "motivados pelo imperativo de traduzir compromissos em ações concretas", mas a conferência enfrenta obstáculos políticos significativos.

Posição de Israel: Israel é contrário à conferência, alegando que a criação de um Estado palestino premiaria a ofensiva do Hamas. Desde o ataque do Hamas em 7 de outubro, Israel e a ONU estão em conflito, com Israel acusando a ONU de se aliar ao Hamas e a ONU afirmando que Israel obstrui ajuda humanitária em Gaza.

Posição dos EUA: Os Estados Unidos, que apoiam Israel, boicotarão a conferência. Em comunicado, afirmam opor-se a qualquer reconhecimento unilateral de um Estado palestino, o que acarretaria desafios legais e políticos à resolução do conflito.

A conferência, aprovada por 157 votos da Assembleia-Geral da ONU em 2024, destaca a intenção da França de reconhecer o Estado palestino, com formalização prevista para setembro. O chanceler francês indicou que a meta é discutir o futuro de Gaza e o reconhecimento do Estado palestino.

Além disso, a conferência busca apoio para que países árabes condenem o Hamas, visando aumentar o reconhecimento do Estado palestino entre os países europeus, com mais de 140 países já reconhecendo um Estado palestino.

Para a França, essa iniciativa marca um movimento decisivo dentro do G7, sendo o primeiro país a avançar nesse reconhecimento após décadas de aliança com Israel.

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