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Pressionado por crise no INSS, Lupi avalia pedir demissão e espera reunião com Lula

Ministro da Previdência enfrenta crise após denúncias de fraudes em aposentadorias do INSS. Reunião com o presidente Lula pode determinar seu futuro no cargo.

Ministro da Previdência, Carlos Lupi, avalia deixar o cargo devido à crise causada por descontos indevidos em aposentadorias do INSS.

Ele aguarda reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que pode ocorrer entre esta sexta-feira e a próxima segunda.

Embora Lupi não esteja sendo investigado, as apurações estão causando desgaste em sua posição, já que o INSS está sob seu comando. Auxiliares reconhecem o desgaste após a demissão do presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, que foi defendido por Lupi.

Lupi admitiu a demora em conter as fraudes, mas nega ter havido omissão de sua parte. Ele relatou irritação com a lentidão do processo, destacando que as decisões no governo diferem do setor privado.

O ministro já havia comentado sobre as fraudes em uma comissão da Câmara dos Deputados, enfatizando que não podia intervir no processo de autorização de descontos, que é de responsabilidade dos beneficiários e sindicatos.

No Dia do Trabalhador, a crise foi tema dos eventos em São Paulo, com a ausência do presidente Lula. Os ministros Luiz Marinho e Márcio Macêdo defenderam Lupi, embora Marinho tenha indicado que a permanência dele depende do ajuste de rumo no INSS.

A Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União deflagraram uma megaoperação para combater descontos não autorizados, que totalizam R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024. A operação, autorizada pela Justiça, resultou no afastamento e demissão de Stefanutto.

O governo suspendeu todos os acordos de desconto em aposentadorias após a operação.

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