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Pressionado, presidente dos Correios pede demissão; cargo é cobiçado por Alcolumbre

Demissão ocorre após registro de prejuízo bilionário e pressão crescente para mudanças na direção dos Correios. O Centrão busca influência no comando da estatal, em meio a discussões sobre reestruturação da empresa.

Demissão nos Correios: O presidente da empresa, Fabiano Silva, pediu demissão nesta sexta-feira, 4, após um prejuízo de R$ 1,7 bilhão no primeiro trimestre deste ano.

Silva vinha sendo pressionado a deixar o cargo. Sua carta de demissão foi entregue ao gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está em viagem no Rio durante a Cúpula do Brics. A saída de Silva será oficializada após reunião com Lula na próxima semana.

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, está tentando emplacar aliados nos Correios e no Banco do Brasil (BB), mas Lula resiste a trocar a presidente do BB, Tarciana Medeiros, que é bem avaliada.

O rombo nos Correios e as mudanças feitas por Silva desagradam empresas de transportes e membros do Congresso. O ministro da Casa Civil, Rui Costa, também queria a demissão de Silva e teve uma acalorada discussão com ele sobre cortes de gastos e fechamento de agências.

Os Correios fecharam 2024 com um prejuízo de R$ 2,6 bilhões, quatro vezes maior que em 2023, quando o rombo foi de R$ 597 milhões. Silva, membro do Grupo Prerrogativas, atribuiu o prejuízo à taxação de compras internacionais e ao impacto da herança do governo Jair Bolsonaro.

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