Prestes a reassumir a Fiesp, Paulo Skaf voltará a enfrentar sua bandeira permanente: derrubar os juros altos
Paulo Skaf retoma a presidência da Fiesp com o desafio de enfrentar as altas taxas de juros e a transformação digital. Sua nova gestão visa promover a educação e a formação de mão de obra para fortalecer a indústria brasileira.
Paulo SkafFiesp em 1º de janeiro de 2026, após um hiato de quatro anos. Ele assumirá o comando de uma das principais entidades da indústria brasileira, que liderou de 2004 a 2021.
Na última segunda-feira, Skaf foi eleito em chapa única, conquistando 99% dos votos válidos, e enfrentará desafios como juros altos e a inteligência artificial no setor. Ele também terá que lidar com as consequências do tarifaço de Donald Trump, que afetará as exportações brasileiras para os EUA.
Em suas declarações, Skaf reiterou a importância da diplomacia empresarial e planeja convidar Roberto Azevedo, ex-diretor da OMC, para liderar o Conselho de Relações Internacionais da Fiesp.
Entre suas promessas estão:
- Apoio à educação e formação de mão de obra
- Preparação de pequenas e médias empresas para a transformação digital
- Abertura de novos mercados, principalmente nos EUA
Skaf expressou que a sociedade brasileira não quer mais aumento de impostos e criticou o aumento do IOF, considerando-o um “absurdo”. Ele enfatizou a necessidade de reduzir os gastos públicos.
Ao finalizar seu novo mandato, Skaf terá liderado a Fiesp por 21 anos, sucedendo Josué Gomes da Silva, cuja gestão foi considerada discreta. Skaf, conhecido por suas posturas políticas e manifestações contra o governo, tentará unir a entidade diante dos desafios da indústria.
A indústria brasileira enfrenta novos desafios, como a necessidade de investimentos em tecnologias emergentes e a formação de mão de obra qualificada. O ambiente econômico é mais favorável que há 20 anos, mas o país ainda enfrenta altos níveis de tarifas de importação e uma baixa exposição à concorrência internacional.