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Previ afrouxa regras e favorece nomeação de sindicalistas para conselhos de empresas

Previ adota novas regras de seleção para conselhos, permitindo a inclusão de sindicalistas e reduzindo exigências de experiência. A mudança gerou debates sobre a capacidade técnica e a governança do fundo, exigindo investigação sobre possíveis riscos e impactos financeiros.

Previ, o fundo de pensão do Banco do Brasil, facilitou a nomeação de sindicalistas e pessoas sem experiência para conselhos de empresas.

A entidade administra R$ 270 bilhões e é um grande investidor em principais companhias brasileiras como Vale, Gerdau, BRF e Ambev.

A Previ afirma que as mudanças visam aumentar a representação de grupos subrepresentados e que a maioria (88,76%) dos candidatos tem formação completa em áreas como Administração, Contabilidade e Direito.

Em 2023, o edital manteve critérios das gestões anteriores, mas passou a aceitar formações menos específicas. Experiências em cargos de sindicatos agora têm o mesmo peso que nas empresas.

Exemplos de sindicalistas no conselho:

  • Márcio de Souza: membro do conselho fiscal da Vale.
  • Marcel Juviniano Barros: na Gerdau Metalúrgica.
  • Ernesto Shuji Izumi: indicado na Neoenergia.

Apesar das mudanças, muitos mandatos ainda seguem as regras antigas até meados de 2024. A Previ defende suas ações baseadas em tendências de mercado e maior inclusão.

Críticos alertam sobre risco de favorecimento a perfis semelhantes ao do presidente da Previ, João Luiz Fukunaga, criticado por sua falta de experiência em gestão financeira e que enfrenta investigação no TCU sobre sua nomeação e perdas financeiras do plano.

A auditoria foi instaurada após um alerta do ministro Walton Alencar Rodrigues sobre baixos rendimentos dos investimentos, com apenas 1,58% no ano.

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