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Previ, fundo de pensão dos funcionários do BB, registra déficit de R$ 17,6 bi em 2024

Previ enfrenta déficit de R$ 17,6 bilhões em 2024, revertendo superávit do ano anterior. A fundação é submetida a auditoria do TCU, enquanto se prepara para apresentar um plano de equacionamento devido a possíveis cortes de benefícios.

Previ, a fundação de previdência dos funcionários do Banco do Brasil, registrou em 2024 um déficit de R$ 17,6 bilhões, revertendo o superávit de R$ 9,8 bilhões de 2023. O rombo se deu pela desvalorização de investimentos. Os dados referem-se ao Plano 1, o maior da fundação.

O resultado não é um prejuízo e não afeta os pagamentos de aposentadorias e pensões. O TCU realiza uma auditoria na gestão da fundação. O déficit registrado foi no “equilíbrio técnico”, que considera estimativas de gastos futuros e retornos dos investimentos.

Em 2024, o déficit acumulado ficou em R$ 3,2 bilhões, em comparação ao superávit de R$ 14,5 bilhões em dezembro de 2023. A diretoria da Previ descreveu 2024 como um ano “desafiador”, mas informou que janeiro de 2024 teve um superávit de R$ 1,3 bilhão.

A Previ deve apresentar um “plano de equacionamento” após três anos de déficits consecutivos. Para o Plano 1, esse nível é de R$ 18,8 bilhões. Planos de equacionamento podem implicar cortes de benefícios.

As fundações de previdência de estatais têm histórico de problemas de gestão. Em 2016, a Operação Greenfield apontou perdas de ao menos R$ 8 bilhões nas fundações, ligadas à Operação Lava-Jato.

A Previ refutou as acusações de má gestão e repudiou as “ilações de falhas na gestão” após ser citada em um processo do TCU. O ministro Walton Alencar Rodrigues pediu urgência na auditoria sobre as contas da entidade.

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PF