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Prévia da inflação de março é positiva, mas cenário segue desafiador para o BC, dizem economistas

Resultados do IPCA-15 de março indicam desaceleração, mas inflação permanece acima da meta. Economistas avaliam que, apesar de números melhores que o esperado, ainda não são suficientes para alterar a política monetária do Banco Central.

Inflação de março apresenta números melhores que o esperado, mas não alteram as projeções do Banco Central, segundo economistas.

O IPCA-15 teve alta de 0,64% em março, abaixo da mediana de 0,67% prevista. Em fevereiro, a alta foi de 1,23%.

O economista-chefe da G5 Partners, Luis Otávio Leal, observa que, embora a desaceleração tenha sido positiva, o acumulado do ano é de 1,99%, superando o 1,46% do ano passado e ultrapassando o teto da meta em 12 meses.

A economista-chefe da Galapagos Capital, Tatiana Pinheiro, destaca a alta de 0,67% dos serviços subjacentes, considerando-a estável. Ela também menciona a inflação de alimentos abaixo do esperado e a média dos núcleos em 0,43% mensal, reduzindo a 5,3%% anual.

Tatiana adiciona que, apesar do desempenho abaixo das expectativas, o índice de difusão está em 61%, indicando pulso inflacionário ainda acima da meta. A inflação elevada dos serviços e a média dos núcleos reforçam a necessidade de alta dos juros.

A inflação de bens industriais desacelerou para 0,15%. Alexandre Maluf atribui a surpresa aos descontos da Semana do Consumidor e mantém a projeção de 6% de inflação para o ano, prevendo impacto temporário em abril.

As medidas de núcleo continuam a acelerar, com a média subindo de 4,48% para 4,73% em 12 meses, conforme João Savignon, da Kinitro Capital. Ele ressalta que, embora os dados sejam positivos, a inflação de 2025 ainda apresenta um cenário desafiador.

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