Previdência e custo de financiamento de dívida são questões estruturais e que precisam ser discutidas, diz Ceron
Secretário do Tesouro Nacional destaca a urgência de discutir a Previdência e o impacto da dívida pública no Brasil. Rogério Ceron enfatiza a necessidade de um debate estruturado sobre o sistema previdenciário e os desafios fiscais enfrentados pelo país.
Rogério Ceron, secretário do Tesouro Nacional, discute a necessidade de debater a Previdência e o custo da dívida pública em médio e longo prazo durante o 2º Encontro do CPFO, promovido pelo Instituto Brasileiro de Economia da FGV.
No evento, Ceron apresentou uma retrospectiva fiscal do Brasil na última década, mencionando metas fiscais agressivas e despesas extraordinárias geradas por crises, como o desastre no Rio Grande do Sul.
Ele ressaltou a pressão sobre o sistema previdenciário e enfatizou a necessidade de um debate mais amplo sobre seu papel e objetivos, além da questão da idade de aposentadoria.
Ceron defendeu mais espaços para que pesquisadores discutam o tema da Previdência de forma estrutural e reconheceu que não há uma solução única para o problema.
Além disso, mencionou como a política de reajuste do salário mínimo influencia a evolução da Previdência, pois muitos benefícios são indexados a ele. Ceron também notou a pressão da Previdência na dinâmica da dívida pública.
Sobre a trajetória da dívida, Ceron afirmou a importância de discutir sua estabilização, destacando que a dívida brasileira opera em moeda local, o que é favorável. Ele explicou que o custo da dívida está ligado à taxa selic e que decisões de política monetária impactam significativamente esse custo.
Por fim, o secretário concluiu que a situação brasileira é mais favorável em comparação a outras nações emergentes, destacando a dynamics das despesas ligadas à Previdência como estrutural nos próximos anos.