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Primeiro-ministro da Romênia renuncia após líder de extrema direita alinhado a Trump obter vitória no 1º turno

Renúncia de Marcel Ciolacu reflete a crise política na Romênia após forte vitória da extrema direita. A instabilidade pode afetar a confiança do país como aliado ocidental e gerar uma nova eleição antecipada.

Marcel Ciolacu, primeiro-ministro da Romênia, renunciou após a vitória retumbante de George Simion, líder de extrema direita, no primeiro turno presidencial. Essa situação trouxe nova turbulência política ao país antes do segundo turno marcado para 18 de maio.

Ciolacu observou que sua coalizão não conseguiu apoiar um candidato conjunto e declarou que isso comprometeu a legitimidade do governo. A renúncia de Ciolacu agrava uma crise política em curso, com eleitores descontentes devido a corrupção e pobreza histórica.

Simion, da ultranacionalista Aliança para a União dos Romenos, enfrentará Nicusor Dan, o atual prefeito de Bucareste. Se Simion vencer, ele poderia se tornar uma figura polêmica, já que é interditado na Ucrânia e Moldávia devido a reivindicações territoriais. Ele também é um defensor da suspensão da ajuda militar à Ucrânia.

Os liberais e um partido étnico húngaro apoiam Dan, enquanto os sociais-democratas não endossaram ninguém. Catalin Predoiu, líder liberal, enfatizou a importância de evitar que "forças extremistas conquistem a presidência".

Pesquisas indicam uma competição acirrada entre Simion e Dan. O vencedor pode nomear um novo premiê, que tem 10 dias para conseguir a maioria no parlamento. Caso contrário, uma eleição antecipada pode ser convocada.

A saída de Ciolacu pode resultar em um limbo político prolongado. A Moody's Ratings já alertou sobre um possível rebaixamento da classificação de crédito do país, o que prejudicaria os esforços de redução do déficit fiscal. Na segunda-feira (5), os mercados romenos registraram quedas significativas, com títulos nacionais subindo 40 pontos-base, enquanto as ações romenas caíram drasticamente.

A vitória de Simion levanta preocupações sobre a Romênia como um parceiro confiável no Ocidente, especialmente devido à sua posição geográfica e ao papel crucial no transporte de grãos ucranianos durante a guerra. Esta é a segunda tentativa eleitoral após a vitória de outro candidato de extrema direita no ano passado, que resultou em alegações de interferência do Kremlin.

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