Príncipe herdeiro se oferece para liderar transição no Irã

Reza Pahlavi, filho do monarca deposto na Revolução Islâmica de 1979, ofereceu-se para liderar uma “transição democrática” no Irã, visando evitar “caos e derramamento de sangue” após o possível fim do regime de Ali Khamenei.

No seu pronunciamento em inglês, Pahlavi, que reside nos EUA, destacou que a comunidade internacional possui uma “oportunidade histórica” para acabar com o atual governo iraniano.

Ele alertou que o regime não se renderá facilmente e representará uma ameaça enquanto permanecer no poder, afirmando que nenhum país estará seguro.

Apesar do apelo de Pahlavi, autoridades dos EUA têm mostrado sinais ambivalentes sobre a mudança de regime. O vice-presidente J.D. Vance e o secretário de Defesa Pete Hegseth indicaram que a derrubada de Khamenei não é um objetivo americano.

Entretanto, o presidente Donald Trump sugeriu uma mudança de regime, usando o termo “MIGA” em referência ao Irã. Recentemente, os EUA anunciaram a entrada na guerra contra o Irã, iniciada por Israel com ataques a instalações nucleares.

Pahlavi afirmou que “fontes credíveis” sugerem que Khamenei está se preparando para fugir, mas instou que a comunidade internacional não forneça uma “tábua de salvação” ao regime atual.

Ele considerou esse o “momento muro de Berlim” do Irã e apresentou sua proposta de um referendo nacional para decidir o futuro democrático do país.

Pahlavi também anunciou a criação de um canal de comunicação para incentivar desertores das forças armadas a apoiarem sua iniciativa. Ele fez um apelo a Khamenei para renunciar, garantindo um julgamento justo.

A iniciativa conta com a inclusão de todos que queiram um Irã secular e democrático, e ele planeja convocar um encontro de unidade nacional com dissidentes para discutir a transição.

Pahlavi prometeu divulgar em breve um projeto de reforma econômica para reconstruir o Irã.