Prioridade do governo é negociar aumento da lista de exceções à tarifa americana, diz Alckmin
Alckmin destaca a importância de reduzir tarifas comerciais impostas pelos EUA e reforça a relevância da relação bilateral entre Brasil e América. O vice-presidente também discute a necessidade de avançar na reforma administrativa para otimizar gastos públicos.
Vice-presidente Geraldo Alckmin afirmou, em 19 de setembro, que o governo federal busca ampliar produtos brasileiros excluídos da tarifa de 50% dos EUA.
A sobretaxa é resultado de uma ordem executiva de Donald Trump, que aumentou em 40% os 10% já vigentes desde abril, afetando quase 700 itens dos 4 mil exportados pelo Brasil.
Durante a 25ª Conferência Anual do Santander em São Paulo, Alckmin afirmou: "Nosso trabalho é aumentar a exclusão e reduzir essa tarifa". Ele acredita na possibilidade de negociação.
Alckmin destacou que a taxa média do Brasil sobre produtos americanos é de apenas 2,7%, enquanto a maioria dos principais itens importados dos EUA tem alíquota zero.
Os EUA são o segundo maior parceiro comercial do Brasil, apenas atrás da China, e o principal investidor no país, com aproximadamente 4 mil empresas instaladas.
Atualmente, 12% das exportações brasileiras destinam-se aos EUA, com Alckmin ressaltando as parcerias de longa data e o superávit comercial brasileiro com os americanos nos últimos 15 anos.
Ele também comentou sobre a reforma administrativa, defendendo seu progresso para reduzir custos e simplificar processos no governo Lula.
Alckmin concluiu: "Temos que ter uma cultura contra privilégio e desperdício."