Prisão de Bolsonaro agora ampliaria ataques ao STF e agravaria crise com EUA; leia bastidores
Ministros do STF avaliam que prisão de Bolsonaro pode agravar crise e dificultar julgamento. Apesar das novas provas, a preferência é que o ex-presidente aguarde em liberdade até setembro.
Ministro Alexandre de Moraes decretou a prisão preventiva de Jair Bolsonaro em 4 de outubro, mas ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) consideraram a medida desnecessária.
Com o julgamento agendado para setembro, a preferência interna é que Bolsonaro aguarde em liberdade.
Após a revelação de áudios que sugerem descumprimento de medidas cautelares e um esboço de pedido de asilo político na Argentina, Moraes deu um prazo de 48 horas para a defesa se manifestar.
A resposta da defesa poderá influenciar na confirmação da prisão preventiva. Ministros acreditam que prender Bolsonaro poderia intensificar os ataques à Corte e agravar a crise entre o Brasil e os EUA.
Às vésperas do julgamento, a maioria prefere que o caso permaneça em baixo perfil, com Bolsonaro em casa.
Moraes não comunicou os colegas sobre a divulgação das mensagens, aumentando a tensão a poucos dias da audiência.
Ministros optaram pelo silêncio após as novas provas, cientes de que precisarão se pronunciar mais em setembro para defender o STF dos ataques esperados.