Prisão de Bolsonaro cria mais uma dificuldade na negociação do tarifaço com Trump, avaliam analistas
Prisão domiciliar de Bolsonaro complica negociações entre Brasil e EUA antes da aplicação de tarifas. Analistas avaliam que a situação pode suspender tentativas de aumentar a lista de isenções para produtos brasileiros.
Novas tarifas sobre exportações brasileiras para os EUA entrarão em vigor em dois dias. O ex-presidente Jair Bolsonaro está sob prisão domiciliar, o que pode complicar as negociações entre Brasília e Washington.
Analistas acreditam que a prisão pode atrasar a inclusão de mais produtos na lista de isenções das tarifas de 50%. Apesar de uma possível reaproximação, o ambiente deve permanecer incerto no curto prazo.
As autoridades foram aconselhadas a não se manifestar sobre a prisão para não atrapalhar as negociações com o presidente Donald Trump, que agiu de forma impulsiva anteriormente.
A taxa de importação de 50% foi anunciada em julho, além de uma sobretaxa de 40% sobre determinados produtos brasileiros, com uma lista de exceções. Entre os isentos estão o suco de laranja e os aviões da Embraer, mas produtos cruciais como carnes e café não foram incluídos.
O professor Carlos Primo Braga acredita que a prisão de Bolsonaro não deve impactar significativamente as negociações em andamento.