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Prisões para migrantes lotadas nos EUA registram aumento de emergência médica, diz revista

Aumento das detenções leva a emergências médicas frequentes e graves em centros de detenção dos EUA. Condições precárias e falta de recursos agravam a situação dos migrantes sob custódia.

Investigação da Wired aponta para o aumento das emergências médicas em centros de detenção de migrantes nos Estados Unidos, devido à superlotação e condições precárias.

Em um caso, uma enfermeira no centro Aurora ICE, Colorado, relatou a emergência de uma mulher grávida de quatro meses sem equipamento para avaliar o batimento cardíaco do bebê.

Desde janeiro, quase 400 ligações foram feitas ao 911 por episódios graves, incluindo:

  • 50 por problemas cardíacos
  • 26 por convulsões
  • 17 por ferimentos na cabeça
  • 7 por tentativas de suicídio
  • 6 por abuso sexual

Mais de 60% dos centros analisados reportaram complicações sérias. Especialistas acreditam que os números estão subestimados, já que apenas os casos extremos acionam as equipes de emergência.

Um exemplo alarmante ocorreu quando uma mulher em um centro na Geórgia, que não falava inglês, pediu ajuda ao 911 antes de a linha cair. Nenhuma ambulância foi enviada.

A superlotação é significativa: o número de detentos ultrapassou 59 mil, um recorde histórico, com 48% de aumento desde janeiro. O governo Trump, em busca de deportações em massa, pretende triplicar a quantidade de detenções.

O centro Stewart, administrado pela CoreCivic, tem sido um dos mais problemáticos, com um aumento de 3 vezes nas emergências graves. Ele lidera o número de mortes sob custódia desde 2017.

Marc Stern, ex-consultor do Departamento de Segurança Interna, destaca que a localização remota dos centros aumenta a vulnerabilidade dos detentos. Denúncias de superlotação e negligência médica têm crescido, segundo organizações como El Refugio.

ICE e o governo Trump não responderam aos comentários da revista.

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