Procura e não acha? Lojas gastam com anúncios de produtos que não têm para vender
Estudo revela que o varejo brasileiro perde tempo e recursos com produtos patrocinados em falta. O impacto é mais significativo no setor alimentar, onde a indisponibilidade pode custar quase dois meses em um ano.
Varejo brasileiro enfrenta desperdício de recursos com patrocínios de produtos indisponíveis.
Um estudo da startup Lett, parte do grupo Neogrid, revela que, em 12 meses, o varejo perde 26 dias (mais de 7%) com anúncios de mercadorias que não podem ser compradas.
A pesquisa monitorou mil itens entre fevereiro de 2024 e fevereiro de 2025, incluindo redes online e farmácias.
Cynthia Prado de Menezes, da Neogrid, explica que o consumidor se frustra ao descobrir que o produto está fora de estoque ou não aparece no site.
O impacto é mais acentuado no varejo alimentar, onde 16% dos dias apresentam produtos patrocinados indisponíveis. Isso significa 58 dias em um ano.
Além disso, quanto mais tempo um produto está ausente, menor a chance dele manter uma boa posição nas buscas. Apenas 35% dos produtos mais populares permanecem no top 5 após um dia fora do estoque.
Após dez dias, a situação piora: 64% dos produtos desaparecem das primeiras páginas das lojas.
A posição é crucial, pois 86% das vendas provêm de produtos nas dez primeiras posições, segundo dados da Amazon. Isso se deve à falta de paciência do cliente para buscar ofertas.