Procuradores insistem para que Cristina Kirchner vá para prisão, em vez de cumprir pena em casa na Argentina
Procuradores solicitam que Cristina Kirchner deixe a prisão domiciliar e cumpra pena em unidade carcerária. A apelação destaca riscos à segurança no entorno da residência da ex-presidente e contesta a justificativa humanitária para a medida.
Procuradores apelam para revogar prisão domiciliar de Cristina Kirchner
Os procuradores Diego Luciani e Sergio Mola solicitaram à Justiça que a ex-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, perca o direito à prisão domiciliar, que cumpre desde junho, devido a um caso de corrupção.
A apelação registrada em 30 de outubro argumenta que a detenção deve ocorrer em uma prisão, pois a prisão domiciliar não oferece expectativa de ressocialização, conforme a legislação.
A defesa alegou que a prisão domiciliar foi motivada por questões de segurança, mas os procuradores afirmam que a situação gerou complicações no bairro Constitución, em Buenos Aires, onde Kirchner reside.
- Os militantes que a apoiam têm perturbado a vizinhança.
- Os procuradores citam um relatório do governo local sobre a perturbação no bairro.
Luciani e Mola destacam que a segurança de Kirchner, que sobreviveu a uma tentativa de homicídio em 2022, está comprometida e deve ser garantida em outro local, caso a prisão domiciliar seja mantida.
O 2º Tribunal Federal de Audiência havia concedido a prisão domiciliar por motivos humanitários, considerando sua idade de 72 anos. Entretanto, a apelação contesta essa decisão, ressaltando que ela deve cumprir sua pena como outros condenados no caso "Vialidad".
Os procuradores reforçam que a idade não deve ser o único critério para a prisão domiciliar e que a segurança de Kirchner pode ser garantida em alternativas propostas.
O Tribunal de Cassação analisará o caso e questões sobre regime de visitação e uso de tornozeleira eletrônica em uma audiência já agendada.