Procuradoria faz novo pedido de prisão de ex-presidente da Coreia do Sul

Promotores sul-coreanos apresentaram um novo pedido de prisão contra o ex-presidente Yoon Suk Yeol neste domingo (6).

A ação ocorre um dia após Yoon comparecer a um interrogatório sobre sua declaração de lei marcial em dezembro do ano passado, que suspendeu a Assembleia Nacional.

Yoon, que foi preso em janeiro após resistir à prisão, ficou detido por 52 dias e foi solto por motivos técnicos.

De acordo com os promotores especiais, o pedido de detenção está relacionado a acusações de abuso de poder e obstrução da justiça.

Os advogados de Yoon argumentam que as evidências apresentadas são inconsistentes e classificam o pedido como injustificado.

O ex-presidente já havia sido acusado de mobilizar guardas presidenciais para resistir à prisão, mas um pedido anterior de prisão foi rejeitado pelo tribunal.

Ele foi destituído do cargo em abril após o Tribunal Constitucional validar seu impeachment, que ocorreu devido à lei marcial.

O decreto de 3 de dezembro foi suspenso após seis horas por uma votação da Assembleia, onde parlamentares escalaram muros para entrar.

Yoon enfrenta acusações graves, incluindo insurreição, com possíveis penas de morte ou prisão perpétua na Coreia do Sul, e nega todas as acusações.

Um promotor especial foi nomeado após o novo presidente Lee Jae-myung assumir em 4 de junho, após a destituição de Yoon.