Produção de veículos foi 6,7% maior nos primeiros quatro meses do ano em comparação a 2024
Produção de veículos no Brasil cresce 2,8% em abril, impulsionada pelas exportações, mas vendas caem 5,5%. Indústria automotiva pede medidas contra importação de veículos elétricos, especialmente da China, devido à concorrência desleal.
A produção nacional de veículos atingiu 228,2 mil novas unidades em abril, representando um aumento de 2,8% em relação ao mesmo mês do ano passado, conforme dados da Anfavea. Houve um crescimento de 20,1% em comparação ao mês anterior.
No acumulado de janeiro a abril, foram produzidas 811,2 mil unidades, um aumento de 6,7% no comparativo com o mesmo período do ano anterior.
As vendas em abril recuaram 5,5%, totalizando 208,7 mil unidades. Porém, o acumulado dos quatro primeiros meses de 2025 foi de 760,4 mil veículos vendidos, um avanço de 3,4% em relação a 2024.
As exportações em abril foram de 46,3 mil unidades, com um salto de 69,3% na comparação anual e de 18,9% em relação a março. Entre janeiro e abril, as exportações somaram 161,9 mil veículos, aumento de 47,8%, principalmente devido à demanda pela Argentina.
Os veículos importados representaram 17,9% dos licenciamentos, o maior índice desde 2022. A indústria automotiva pediu ao governo por medidas de proteção comercial.
Em janeiro, o GLOBO reportou que a Anfavea estava considerando um processo de antidumping contra montadoras chinesas, devido à prática de vender produtos abaixo do custo.
O presidente da Anfavea, Igor Calvet, defendeu a recomposição do imposto de importação para veículos elétricos. A discussão está em pauta na CAMEX, com previsão de aumento para 25% em 1º de junho.
A BYD fez três solicitações ao governo para reduzir impostos de importação para veículos elétricos e híbridos montados localmente, o que Calvet considera uma “afronta” ao trabalhador brasileiro.
Calvet acredita que o aumento da alíquota é essencial, mas também é crucial não aceitar a redução do imposto como uma prática de produção pouco sofisticada.