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Produção industrial brasileira cresce 1,2% em março, maior taxa em nove meses

Produção industrial no Brasil cresce 1,2% em março, superando expectativas e alcançando o melhor desempenho em nove meses. Apesar do avanço, economistas alertam para um possível desaceleração devido a fatores econômicos desafiadores.

A indústria brasileira apresentou um crescimento robusto em março, com aumento de 1,2% na produção em comparação ao mês anterior, superando a expectativa de 0,3%, conforme dados do IBGE.

Esse avanço foi o mais forte em nove meses e ocorreu após uma estagnação em fevereiro, onde o crescimento foi apenas 0,1% em janeiro.

Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, a indústria cresceu 3,1%, também acima da previsão de 1,4%, embora ainda esteja 14,4% abaixo do pico histórico de maio de 2011.

André Macedo, gerente da pesquisa no IBGE, mencionou que o resultado de março reflete uma recuperação em setores-chave, mas não indica uma mudança de trajetória para a indústria. Os efeitos da inflação, juros altos e insegurança externa continuam.

A expectativa para o setor é de um ano desafiador, se considerando a alta dos juros, a desvalorização da moeda e o aumento das tarifas de importação nos EUA.

O Banco Central deve anunciar um novo aumento na taxa de juros Selic, que atualmente está em 14,25%.

Os números de março mostram que três das quatro grandes categorias econômicas e 16 dos 25 ramos industriais apresentaram expansão.

Destaques positivos incluem:

  • Coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis: 3,4%
  • Indústrias extrativas: 2,8%
  • Produtos farmoquímicos e farmacêuticos: 13,7%
  • Veículos automotores: 4,0%

Entre as categorias, bens de consumo duráveis (3,8%) e bens de consumo semi e não duráveis (2,4%) tiveram os melhores desempenhos. Apenas bens de capital registraram queda na produção (-0,7%).

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