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Produto chinês bate recorde e já representa 26% das importações do Brasil

A China se consolida como o principal fornecedor de bens de consumo ao Brasil, com um aumento significativo nas importações, especialmente de automóveis e eletrodomésticos. Esse crescimento ocorre mesmo diante do aumento de impostos sobre importações e da guerra comercial promovida pelos Estados Unidos.

China aumenta exportações ao Brasil em meio à guerra comercial. No primeiro semestre de 2023, o país asiático estabeleceu um novo recorde em participação nas importações brasileiras, atingindo 26%.

O Icomex da FGV Ibre reportou um aumento de quase 12% nas compras de bens de consumo duráveis da China, com a maior alta ocorrendo em maio, com 110% a mais em comparação ao mesmo mês de 2024.

A expansão das vendas de automóveis chineses é um fator chave para este cenário. Em maio, o porto de Itajaí recebeu 7.000 veículos da BYD, parte de um fluxo crescente de importações que preocupa as montadoras locais.

No primeiro semestre, emplacamentos de veículos nacionais aumentaram 2,6%, enquanto os de importados subiram 15,6%. Os carros chineses agora representam 6% do mercado brasileiro.

Aumento de impostos sobre veículos elétricos e híbridos não freou a importação. Fonte do mercado indica que ainda é mais econômico para algumas montadoras chinesas importar do que produzir localmente.

Lia Valls, do FGV Ibre, afirma uma mudança estrutural nas importações brasileiras, com a China se tornando cada vez mais um fornecedor de bens de consumo.

A participação dos EUA nas importações brasileiras tem diminuído; em 2001 eram responsáveis por 23%. Com a expansão da China, a balança comercial brasileira se altera.

Além de automóveis, aumentaram as importações de celulares e eletrodomésticos. A China tornou-se a maior fornecedora de refrigeradores em 2021, superando Coreia do Sul, México e Tailândia.

Bens de consumo não-duráveis, como produtos têxteis, também tiveram um aumento de 40% nas importações. Contudo, o valor das importações caiu em todas as categorias no primeiro semestre de 2023.

A China continua sendo um player crucial nas importações brasileiras, incluindo bens intermediários como o aço, gerando preocupações nas indústrias locais.

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