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Programas sociais ganham espaço e já são 3,8% da renda das famílias, com avanço do BPC

Programas sociais brasileiros atingem 3,8% do rendimento domiciliar médio em 2024, destacando-se pela maior participação do BPC. A expansão é especialmente significativa nas regiões Norte e Nordeste, onde os programas representam quase o dobro da média nacional.

Programas sociais representam 3,8% do rendimento domiciliar médio em 2024, superando 3,7% em 2023, segundo o IBGE.

Este é o segundo maior valor na série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad-C), atrás apenas de 2020, quando o Auxílio Emergencial ajudou a evitar uma crise pior durante a Covid-19.

A expansão do BPC, que paga um salário mínimo para idosos de baixa renda e deficientes, é um dos principais fatores. Em 2024, 5% dos domicílios tinham moradores recebendo o BPC, em comparação com 4,2% em 2023.

  • Em 2019, apenas 3,5% dos lares tinham beneficiários do BPC.
  • Em 2012, essa porcentagem era de 2,5%.

Durante a pandemia, o governo facilitou a concessão do BPC excluindo a renda do beneficiário do cálculo de renda domiciliar.

Tem direito ao BPC pessoas acima de 65 anos e deficientes com renda domiciliar de até um quarto do mínimo.

A presença do Bolsa Família também cresceu, atingindo 18,7% dos lares em 2024, ligeira queda em relação aos 19% em 2023.

Gustavo Fontes, analista do IBGE, destacou que a expansão é notável especialmente ao comparar com 2019, quando apenas 14,3% dos domicílios tinham beneficiários do Bolsa Família.

Em 2024, 20 milhões de brasileiros estavam em programas sociais, 7 milhões a mais que em 2019. Este número foi maior apenas em 2020 e 2021 devido ao Auxílio Emergencial.

Os dados do IBGE também revelam disparidade regional: no Norte, os programas sociais compõem 8,2% do rendimento domiciliar, e no Nordeste, 9,4%, ambos bem acima da média nacional de 3,8%.

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