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Proibir vapes expõe jovens ao desconhecido, dizem especialistas

Especialistas criticam proibição da Anvisa sobre cigarros eletrônicos, argumentando que a medida impulsiona o mercado clandestino e expõe jovens a riscos desconhecidos. Eles defendem a regulamentação como forma de reduzir danos à saúde e oferecer controle sanitário.

Proibição de cigarros eletrônicos expõe jovens a produtos clandestinos, afirmam especialistas.

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) vetou a comercialização dos vapes no Brasil, o que, segundo especialistas, é um erro diante da falta de dados para políticas públicas adequadas.

O seminário virtual “Produtos alternativos de nicotina: os riscos da ausência de regras” abordou a situação. Em 19 de abril de 2024, a Anvisa reafirmou a proibição que abrange produção, distribuição e propaganda de cigarros eletrônicos.

Marcos Vinicius Teixeira, da BAT Brasil, enfatiza que, após um ano, a decisão não foi efetiva, levando ao crescimento de um mercado ilícito de 100%. “Consumidores estão expostos a produtos sem controle sanitário”, disse.

Teixeira também defende que o Brasil adote o conceito de redução de riscos, citando modelos de regulamentação de países como EUA, Canadá e Reino Unido.

Joelmir Silva, farmacologista, destaca que os vapes apresentam riscos menores que os cigarros tradicionais. O uso de temperatura controlada reduz compostos tóxicos, com vapes operando em aproximadamente 200°C em contraste com os 900°C dos cigarros convencionais.

Alessandra Bastos Soares, farmacêutica e ex-diretora da Anvisa, acredita que regulamentações para vapes poderiam diminuir o tabagismo. “Dados suficientes mostram que esses produtos são ferramentas para minimizar danos”, afirmou.

Cintia Leci Rodrigues, especialista em Saúde Pública, critica a proibição, ressaltando que jovens têm fácil acesso a produtos ilícitos. Para Cintia, a regulamentação resultaria em proteção para adolescentes, definindo regras para a comercialização.

O seminário, mediado pelo jornalista Paulo Silva Pinto do Poder360, destacou a importância da regulamentação e como a ausência dela impacta a saúde pública.

A proibição vigente desde 2009 foi reavaliada em relação à necessidade de legislação para combater o uso inadequado e promover educação em saúde.

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