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Projeto da anistia beneficia Bolsonaro? Entenda as brechas que podem incluir o ex-presidente

Proposta de anistia em tramitação busca perdão a crimes políticos, incluindo ações do 8 de Janeiro. Além de beneficiar militantes, a legislação poderia favorecer diretamente Jair Bolsonaro, gerando controvérsia entre os parlamentares.

BRASÍLIA — O discurso formal de Jair Bolsonaro (PL) foca na anistia dos militantes presos, mas o projeto de lei na Câmara dos Deputados pode beneficiá-lo diretamente.

Pelo menos um terço (171) dos 513 parlamentares apoia a proposta, suficiente para urgência no plenário.

Proposto por Major Vitor Hugo (PL-GO) em 24 de novembro de 2022, o projeto prevê anistia para manifestantes e “financiadores” de ações, enquanto Bolsonaro estava na Flórida durante os ataques.

A ministra Gleisi Hoffmann (PT) criticou a proposta, afirmando que ela abrange crimes eleitorais e antidemocráticos cometidos por Bolsonaro e aliados.

O aumento da violência foi observado a partir de 12 de dezembro de 2022, com ataques de bolsonaristas durante a diplomação de Lula.

Outros projetos ampliam a brecha para Bolsonaro, com proposta de Marcelo Crivella (Republicanos-RJ) oferecendo anistia a todos com motivações políticas.

Vários deputados, incluindo Adilson Barroso (PL-SP) e Cabo Gilberto Silva (PL-PB), propuseram anistias com foco em crimes antidemocráticos, defendendo identificação de intenções nos casos.

Enquanto isso, Bolsonaro continua a atacar a Lei da Ficha Limpa como solução para sua situação, sem falar diretamente sobre a anistia que favoreceria a ele.

Embora 43 deputados apoiem a anistia a envolvidos, muitos se opõem a estendê-la a Bolsonaro.

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