Projeto de lei do IR tem 22 itens obscuros, diz Everardo Maciel
Everardo Maciel critica projeto de isenção do Imposto de Renda e aponta vinte e dois pontos obscuros no texto. Ex-secretário alerta para possíveis conflitos na Justiça devido à redação inadequada e à falta de embasamento.
Ex-secretário da Receita Federal critica projeto de lei do IRPF
Everardo Maciel, ex-secretário da Receita Federal, classificou o projeto de lei que eleva a faixa de isenção do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) de R$ 3.036 para R$ 5.000 como “mal escrito” e repleto de ambiguidades.
Na sua análise, o texto, divulgado em 18 de março de 2025, demonstra falta de conformidade com padrões legais e pode resultar em disputas judiciais. Everardo afirmou que o projeto foi elaborado de forma apressada por indivíduos sem experiência.
Avaliações de Everardo:
- Há 22 pontos obscuros no texto de 6 páginas.
- O projeto aumenta a insegurança jurídica ao não atender às exigências normativas.
- A faixa de isenção, se aprovada, ficará acima da renda média domiciliar de R$ 2.069.
- Critica a proposta de R$ 5.000, que não está baseada em estudos sólidos.
Everardo destaca que essa proposta reflete promessas políticas feitas por Jair Bolsonaro e Luiz Inácio Lula da Silva, mas carece de fundamentação.
Criticas específicas:
- Um número incompreensível (312,89) sem menção clara à sua natureza.
- Uso de termos coloquiais, como “zerar”, inadequados para um texto legal.
- Incorreções sobre a inclusão de rendimentos tributados e questões sobre a sigla IRPFM.
- A inserção de ambiguidades na proposta de alíquotas.
Everardo conclui que a redação do projeto precisa de ajustes significativos para evitar consequências legais e confusões.