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Projeto “Riviera Trump” em Gaza com teve apoio de instituto de Tony Blair, diz FT

Projeto busca transformar Gaza em centro econômico, mas enfrenta resistência local. Proposta de "Riviera Trump" revela interesses privados em meio à crise humanitária.

Projeto sigiloso de empresários israelenses propõe transformar Gaza em um polo econômico chamado “Riviera Trump”, segundo o Financial Times.

Elaborado com consultores do Boston Consulting Group (BCG) e membros do Instituto Tony Blair, o plano prevê o pagamento para que 500 mil palestinos deixem o território, criando espaço para empreendimentos como:

  • Ilhas artificiais ao estilo Dubai
  • Zonas de manufatura “inteligente” com referências a Elon Musk
  • Um porto de águas profundas

Nomeado “Great Trust”, o projeto foi compartilhado com membros do governo Trump em 2020 e visava realocar 25% da população de Gaza, por um custo de US$ 5 bilhões. Em troca, esperava-se ganhos de até US$ 324 bilhões na região, com investimentos em infraestrutura e exploração de recursos estratégicos.

O projeto envolveu investidores proeminentes, como Liran Tancman e Michael Eisenberg, associados à Fundação Humanitária de Gaza (GHF). O documento previa também a criação de rodovias homenageando líderes da Arábia Saudita e dos Emirados Árabes Unidos.

Apesar das conexões, tanto o Instituto Tony Blair quanto o BCG negam envolvimento direto. O instituto alegou que seus representantes apenas “acompanharam discussões”, enquanto o BCG repudiou o projeto, afirmando que foi conduzido sem aprovação formal.

Essa proposta levanta questões sobre interesses privados e geopolíticos em Gaza, especialmente em meio à crise humanitária no enclave. A ideia de “reconstrução sem os palestinos” é constantemente rejeitada por lideranças locais. Em fevereiro, Trump havia sugerido uma retirada em massa para reconstrui-la como uma “Riviera do Oriente”.

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