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Proposta do governo para o IR é ‘aperitivo’ e ficou faltando o ‘prato principal’, diz especialista

Economista critica reforma do Imposto de Renda de Lula como insuficiente para corrigir distorções tributárias. Ele defende uma abordagem mais ampla que inclua a tributação de empresas e uma maior progressividade sobre altos rendimentos.

Economista Sérgio Gobetti do Ipea critica a proposta de reforma do Imposto de Renda do governo Lula, considerando-a apenas um “aperitivo” e não uma mudança estrutural.

Segundo Gobetti, a reforma precisa incluir redução da tributação das empresas e aumento sobre as pessoas físicas para corrigir distorções tributárias.

Ele afirma que a proposta melhora a progressividade do sistema, mas não resolve as falhas estruturais. A taxação mínima, segundo Gobetti, afetará quem ganha mais de R$ 1 milhão e recebe dividendos significativos.

Ele sugere que os R$ 10 bilhões obtidos com a taxação dos ricos possam ser usados para reduzir a alíquota do novo Imposto de Valor Agregado (IVA).

Gobetti afirma que o Brasil está atrasado em relação a outros países em tributação de dividendos e propõe um modelo que integre salários e lucros em uma única tabela progressiva.

A reforma enfrentaria a assimetria de tributação, tornando-a mais justas e eficientes. Atualmente, somente menos de 20% da população adulta paga IR, e a nova reforma pode isentar 10 milhões de pessoas.

Ele conclui que, mesmo com as mudanças, o Brasil continua com um sistema tributário tímido e atrasado, preso a interesses particulares que afetam a lógica fiscal.

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