Proposta para precatórios pode melhorar apuração da meta, mas sem esforço fiscal adicional, diz Warren
Economistas alertam que a mudança na apuração da meta fiscal, proposta na PEC 66, pode criar uma ilusão de espaço fiscal sem promover melhorias reais nas contas públicas. A inclusão gradual dos precatórios na meta a partir de 2027 pode adiar ações necessárias para a saúde fiscal do país.
Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 66, em tramitação na Câmara, pode impactar a meta fiscal, segundo especialistas da Warren.
Os economistas Felipe Salto, Josué Pellegrini e Gabriel Garrote destacam que a proposta do relator Baleia Rossi (MDB-SP) foi aprovada pelo Ministério do Planejamento e Orçamento.
Principais pontos da proposta:
- Precatórios da União serão retirados do limite de gastos.
- Início do inclusão gradual na meta fiscal a partir de 2027, com 10% anuais.
- De acordo com a proposta, apenas 10% dos precatórios estarão na meta fiscal no primeiro ano.
Os economistas alertam que:
- Essa mudança proporciona maior espaço fiscal para a meta, mas não para aumento de despesas.
- O espaço fiscal não deve ser usado pelo governo devido à restrição do limite de gastos.
- A melhoria na apuração da meta ocorre sem esforço adicional.
A Warren conclui que essa situação pode levar a uma acomodação dos gestores fiscais e adiar melhorias nas contas públicas, sugerindo que o ideal seria incorporar apenas o excedente na verificação da meta fiscal.
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