HOME FEEDBACK

Prosus, dona do iFood, planeja levantar US$ 2 bi com a venda de participações

Prosus busca simplificar sua estrutura e intensificar a lucratividade com a venda de ativos, já tendo arrecadado US$ 780 milhões. A estratégia inclui a redução do portfólio e a construção de plataformas de e-commerce focadas em mercados específicos.

A Prosus planeja levantar US$ 2 bilhões pela venda de ativos, como parte da estratégia do CEO Fabricio Bloisi para simplificar a estrutura da companhia.

A empresa, listada na Euronext, já arrecadou US$ 780 milhões em quatro meses. A meta de curto prazo foi anunciada durante a assembleia geral de acionistas em 20 de setembro.

Entre os ativos vendidos estão ações de empresas e parte da participação no aplicativo Meituan. No Brasil, a Prosus controla o iFood, pela Movile, fundada por Bloisi.

A Prosus busca reduzir seu portfólio para dar mais controle a investidores. Com sede em Amsterdã, é subsidiária da Naspers, da África do Sul, e deseja focar em plataformas de comércio eletrônico na América Latina, Europa e Índia.

Recentemente, recebeu autorização para adquirir a Just Eat Takeaway.com, vendendo sua participação de 27% na Delivery Hero. Bloisi prevê aumento na receita da Prosus para US$ 9,6 bilhões em 2026.

A Prosus teve lucro pela primeira vez sob a nova gestão de Bloisi. O objetivo é dobrar o valor de mercado até 2028; as ações aumentaram 65% no último ano, avaliando a companhia em cerca de US$ 181 bilhões.

Três empresas indianas do portfólio - Meesho, Captain Fresh e Urban Company - devem abrir capital nos próximos 12 meses.

Para contornar distorções na ação devido à participação na Tencent, a Prosus implementou um grande programa de recompra de ações, ajudando a reduzir a diferença de valor em US$ 13 bilhões e aumentando a lucratividade.

No primeiro trimestre de 2026, o lucro ajustado em comércio eletrônico foi de US$ 237 milhões, acima das expectativas e do valor de US$ 157 milhões no mesmo período de 2025.

Leia também: iFood anuncia R$ 17 bi em investimentos e mira 200 milhões de pedidos mensais.

Leia mais em bloomberg