Protesto contra Milei amplia desgaste, mas governo da Argentina tem sinal verde para acordo com FMI
A pressão social aumenta contra o governo, refletindo o descontentamento com a crise econômica e a queda na popularidade de Milei. A manifestação dos aposentados se une a diversos setores da sociedade, exigindo ações urgentes para enfrentar a deterioração da situação dos mais vulneráveis.
Aposentados protestam em Buenos Aires na quarta-feira, 19, contra ajuste econômico do governo de Javier Milei.
A Casa Rosada anunciou queda de 1,7% no PIB, menor do que o esperado. A inflação permanece entre 2% e 3% ao mês, gerando preocupações.
No congresso, Milei venceu a votação para aprovar um Decreto de Necessidade de Urgência (DNU) que renegocia acordo com o FMI.
Santiago Caputo, do governo, chamou o dia de “jornada gloriosa”, porém, o clima nas ruas era tenso, com uma ampla diversidade de manifestantes:
- aposentados
- sindicatos
- moradores de favelas
- grupos feministas
- torcedores de futebol
Demandas incluíam uma nova greve geral convocada pela CGT e protestos contra a repressão do governo.
Situação dos aposentados é crítica; 113% a mais vivem abaixo da linha da pobreza de 2017 a 2024. Protestos refletem crescente pessimismo e pressão sobre Milei.
Aprovado o DNU com 129 votos a favor e 108 contra, mesmo com oposição não conseguindo barrá-lo. Milei, sem maioria no Parlamento, recorre a decretos presidenciais.
Protestantes criticam a situação social e economicamente as ações do presidente. Crescente insatisfação entre a população é evidente, com pesquisas mostrando:
- pessimismo atinge 40%
- otimismo caiu de 39% para 29%
- 49% acreditam estar em situação pior desde a posse de Milei
Imagem positiva de Milei caiu de 52% para 45% em dois meses, refletindo mal-estar social.