Protesto da esquerda para pressionar Congresso busca dosagem para evitar desgastes a Lula
Movimentos sociais se reúnem em São Paulo para pressionar o Congresso por medidas de taxação e mudanças nas condições de trabalho. O protesto surge como resposta à recente derrubada de decretos do governo e reflete a crescente insatisfação com a atuação do Legislativo.
Em meio a tensões com o Congresso Nacional, movimentos sociais e o PT, partindo do governo Lula, organizam um ato em São Paulo nesta quinta-feira (10).
O foco do ato é a taxação dos mais ricos e o fim da jornada 6x1 de trabalho, pautas que enfrentam resistência legislativa.
Os petistas estão divididos entre a disposição de pressionar e o medo de agravar a relação com o Legislativo.
O ato vai direcionar críticas ao Congresso e ao centrão, evitando ataques a figuras centrais pouco conhecidas. Organizadores acreditam que um discurso genérico atrairá mais público, mas esperam que parlamentares sejam citados nominativamente.
A manifestação ocorrerá na avenida Paulista, em frente ao Masp, devido à falta de tempo para planejamento. O protesto é uma reação à recente derrubada de decretos governamentais que afetavam o IOF.
Recentemente, o MTST protestou no Itaú BBA em apoio à taxação de super-ricos. A pressão popular é vista como essencial para aprovar a proposta de imposto mínimo sobre rendas acima de R$ 50 mil mensais.
A coordenadora nacional do MTST, Ana Paula Perles, destacou que o ato clamará por inclusão orçamentária dos pobres e tributação dos ricos. O deputado Guilherme Boulos (PSOL-SP) está convocando o ato.
O diretório municipal do PT está dividido sobre o tom do protesto. Há uma expectativa por críticas gerais ao Congresso para evitar dicotomias que desgastem Lula.
O ato se iniciará às 18h para facilitar a presença de trabalhadores. O grupo não descarta novos protestos em outras cidades, se a mobilização nesta quinta for satisfatória.