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Próxima década será a vez de ativos reais, diz autor de best-seller sobre mercado financeiro

Lawrence McDonald prevê que os investidores devem focar em ativos tangíveis, como commodities e ações de valor, em meio a um cenário de inflação elevada e juros altos. O autor alerta que a nova economia pode seduzir, mas os investimentos sólidos da velha economia garantirão melhores retornos nos próximos anos.

Lawrence McDonald, autor do best-seller “Como interpretar o mercado financeiro”, destaca que o futuro não está no crescimento, mas no valor e em ativos tangíveis.

Em seu livro, McDonald argumenta que o cenário global envolve juros altos, inflação elevada e a superioridade das commodities sobre as ações nos próximos anos. Ele menciona a volatilidade atual das bolsas e a valorização do ouro como prelúdios do que está por vir.

O autor, com um vasto currículo no mercado financeiro, inclui em sua análise a necessidade de se focar em ativos reais, em contraposição a ativos financeiros superexpostos pelos investidores.

McDonald distingue ações de valor, de empresas com ativos tangíveis, das ações de crescimento, que dependem de fluxos de caixa futuros. Para ele, em regimes de inflação alta e juros altos, as ações de valor tendem a ter melhor desempenho e protegem o poder de compra.

O autor recomenda uma mudança na composição de portfólios: 40% em ações, 30% em títulos e 30% em commodities.

Sobre a reindustrialização dos EUA, McDonald afirma que cria pressão inflacionária devido aos altos déficits. Ele prevê uma década de juros e inflação altos, além de um aumento na relevância das commodities.

No contexto brasileiro, McDonald elogia a experiência do país na gestão da inflação e destaca que as ações brasileiras podem superar as americanas em um intervalo de três a cinco anos.

Finalmente, ele acredita que metais como a prata, platina e paládio devem brilhar em um novo ciclo de investimentos.

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