Proximidade de julgamento de Bolsonaro com Sete de Setembro preocupa STF
STF intensifica medidas de segurança em meio a julgamentos e manifestações contra o Judiciário. A preocupação com a proteção da Corte cresce devido à proximidade do Dia da Independência e aos recentes protestos bolsonaristas.
Supremo Tribunal Federal (STF) reforçará a segurança de sua sede e dos ministros devido ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, agendado para o início de setembro, próximo ao Dia da Independência.
A data é marcada por protestos de apoiadores de Bolsonaro contra o Judiciário, que costumam resultar em ataques e ameaças ao STF.
No dia 25, o deputado Hélio Lopes montou um acampamento na Praça dos Três Poderes, próximo ao STF, exigindo reforços de segurança. Lopes protestava contra medidas judiciais de Alexandre de Moraes e foi posteriormente retirado do local.
Após estes eventos, grades de metal foram instaladas para proteger toda a Praça, restringindo a entrada até de turistas.
A preocupação com a segurança no STF cresceu, especialmente após os ataques de 2023 e a explosão em frente ao tribunal. A segurança já era reforçada durante o Sete de Setembro e em julgamentos de processos sobre a trama golpista.
Novas medidas incluem mais pórticos de raio X e maior efetivo de segurança. Embora algumas restrições, como o lacre de celulares, tenham sido implementadas e depois revogadas, a segurança se tornará ainda mais rigorosa em setembro.
Atualmente, o STF possui quatro contratos com empresas de segurança, incluindo um de R$ 84,8 milhões com a empresa Esparta por dois anos.
A Câmara dos Deputados também aprovou um projeto que cria 160 funções comissionadas e 40 cargos de policial judicial no STF, num custo de R$ 7,8 milhões para este ano, a ser custeado pelo próprio tribunal.