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PSOL antecipa governo e irá tentar anular no STF decisão do Congresso que barrou alta do IOF

PSOL busca reverter decisão do Congresso que suspendeu aumentos de IOF, enquanto governo divide opiniões sobre judicialização. A derrota acentua o desafio da base aliada em manter diálogo com o Legislativo e lidar com o rombo fiscal de R$ 12 bilhões.

Suspendidos dois decretos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) pelo Congresso Nacional.

O PSOL anunciou que vai recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) para anular essa decisão.

O deputado Guilherme Boulos (PSOL-SP) comunicou a ação nas redes sociais, um debate interno já ocorria no governo.

A avaliação no Planalto estava dividida: uma parte defendia a judicialização, enquanto outra alertava sobre os riscos de agravar a relação com o Legislativo.

O deputado Pedro Paulo (PSD-RJ) criticou a judicialização, afirmando que: “Certa ou errada, a decisão do Congresso é legítima. Judicializar conflitos fragiliza as instituições.”

Apesar dos apelos à moderação, setores da base defendem um enfrentamento mais direto. O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), chamou a decisão de “inconstitucional” e destacou um rombo de R$ 12 bilhões no orçamento.

Governistas alertam para a urgência de alternativas para recompor a receita, com a judicialização como uma possibilidade para evitar impactos financeiros.

A derrota no Congresso foi expressiva: 383 votos favoráveis e 98 contrários na Câmara, além de uma votação simbólica no Senado.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, indicou que a judicialização está considerada. O ministro da AGU, Jorge Messias, afirmou que a decisão ainda não foi tomada.

A AGU informou que “não há qualquer decisão tomada” e que a equipe econômica avaliará as questões jurídicas.

Nos bastidores, auxiliares reconhecem o enfraquecimento da articulação política e que a judicialização pode resultar em nova derrota para o governo.

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