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PT confirma Edinho Silva como novo presidente do partido

Edinho Silva assume a presidência do PT em meio a um novo cenário de articulação política, buscando ampliar alianças com partidos do centro e centro-direita. Sua eleição representa uma mudança de estilo em relação ao comando anterior, promovendo um diálogo mais aberto e conciliador.

Edinho Silva foi eleito nesta segunda-feira, 7, presidente nacional do PT, mesmo sem a votação em Minas Gerais, devido a adiamentos por disputas judiciais.

A vitória reflete a força de um grupo alinhado à estratégia de ampliar alianças com partidos de centro e centro-direita, com 11 dos 16 presidentes estaduais já definidos seguindo esse perfil.

A escolha de Edinho enfrentou resistência interna, especialmente da ex-presidente Gleisi Hoffmann, cuja saída para Relações Institucionais acalmou os ânimos. A desistência da candidatura de Washington Quaquá, aliada a um acordo de apaziguamento, também foi crucial.

Quem é Edinho Silva:

  • Iniciou no movimento estudantil e foi deputado estadual.
  • Presidiu o PT de São Paulo e foi tesoureiro da campanha de Dilma Rousseff em 2014.
  • Foi ministro da Comunicação até o afastamento de Dilma em 2016.
  • Pretende articular alianças para 2026, buscando diálogo com setores variados.

Edinho assume o cargo em um cenário tenso com partidos do Centrão, como PP e União Brasil, que têm flertado com candidaturas bolsonaristas. A recente derrubada do decreto que aumentava o IOF também impactou a estratégia de comunicação do PT, que intensificou a defesa da taxação dos super-ricos.

Ele defende diálogo com setores não alinhados a Lula, enfatizando que a reação do governo ao Congresso não é uma barreira ao entendimento. Sua gestão promete ser mais conciliadora em relação ao governo e à diretoria do PT, comparado à abordagem combativa de Gleisi, que esteve à frente durante momentos conturbados.

A primeira tarefa de Edinho será articular os palanques estaduais para a reeleição de Lula, buscando neutralidade de siglas como MDB e PSD. Suas propostas e aproximação com figuras como Renan Filho (MDB) e Eduardo Paes (PSD) são vistas como certezas.

Edinho busca reduzir a polarização política, ao contrário de Gleisi, e pretende alinhar mais o PT ao Planalto. A transição de liderança gerou preocupações na ala mais à esquerda do partido, que defende uma postura mais independente.

*Com O Globo.

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