Público mostra interesse moderado em personalização de notícias com IA
Redações buscam integrar inteligência artificial para personalizar notícias e reverter a queda no engajamento do público. Apesar do potencial, o interesse geral por essas inovações ainda é baixo, com variações significativas entre países e faixas etárias.
Redações adotam IA generativa para melhorar a entrega de notícias em meio à queda de interesse e aumento da evasão de leitores.
Muitos veículos já personalizavam the recomendações de notícias, mas a IA generativa permite personalizar formatos de entrega de conteúdo.
Exemplos incluem:
- Aftonbladet (Suécia): resumos automáticos de textos.
- Miami Herald (EUA): conversão de texto em áudio.
- Clarín (Argentina): uso de UalterAI para análises adicionais.
- Washington Post: ferramentas para responder a perguntas complexas.
Uma pesquisa do Instituto Reuters revelou que 80% dos líderes de redação planejam usar IA para recomendações, com foco em:
- Conversão de texto em áudio (75%)
- Resumos (70%)
- Tradução (65%)
- Chatbots (56%)
Embora o interesse por personalização com IA seja baixo (menos de 30% para cada opção), 66% globalmente mostraram algum interesse, especialmente os mais jovens (76%).
A pesquisa também mostra que o desconforto com notícias geradas por IA afeta o interesse na personalização:
- Reino Unido: 64% desconfortáveis e 41% sem interesse.
- Índia e Tailândia: menos desconforto e maior interesse.
Diferenças regionais notáveis incluem:
- Traduções populares em países com línguas menos difundidas.
- Adaptação de linguagem mais escolhida em países com baixos índices de alfabetização.
A personalização com IA pode engajar pessoas com menor interesse em notícias, especialmente aquelas que acham difícil compreendê-las.
As redações devem considerar as variadas preferências locais e oferecer múltiplas opções de personalização para atender melhor aos seus públicos.
A comparação entre o que os líderes do setor planejam e o que o público realmente deseja sugere que é crucial conhecer o que agrega valor real para a audiência.
Amy Ross Arguedas é pesquisadora de mídia e pós-doutoranda no Reuters Institute for the Study of Journalism.