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Punições brandas ajudam a naturalizar o racismo no futebol

Conmebol é criticada por sanções brandas após atos racistas durante jogo da Taça Libertadores sub-20. A falta de uma política efetiva contra o racismo revela a naturalização da impunidade no esporte.

Em 6 de março, durante a Taça Libertadores sub-20, o Palmeiras vencia o Cerro Porteño por 3 a 0 quando torcedores locais praticaram atos de racismo contra os jogadores Luighi e Figueiredo, imitando macacos.

Este fenômeno não é isolado e reflete a impunidade diante de atos racistas, que se perpetuam sem punições efetivas por parte das federações, como a Conmebol.

No jogo seguinte, atletas do Palmeiras e adversários ergueram o punho em protesto contra o racismo, mostrando consciência crescente. Contudo, isso não é suficiente, principalmente em categorias de base, onde jovens podem se sentir desiludidos.

A punição ao Cerro Porteño foi uma multa de US$ 50.000 e o estádio vazio, mas a efetividade da penalização é questionável, já que o time foi eliminado. Em comparação, multas por infrações menores, como atrasos em jogos, são significativamente mais altas.

A Conmebol não demonstra um compromisso sério contra o racismo, não estabelecendo políticas claras, programas de compliance ou um pacto com clubes e sociedade civil. Não há ações eficazes para punir transgressores, o que contribui para a naturalização do racismo.

Casos como o de Vini Jr., que enfrentou racismo na Espanha, trazem à tona a necessidade de um enfrentamento mais ativo. Luighi, ao reagir com emoção, representa a esperança de mudança entre os atletas. É necessário que a Conmebol tome medidas efetivas.

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