Putin dobra aposta com novo mega-ataque à Ucrânia
A Rússia intensifica ataques aéreos contra a Ucrânia, utilizando uma grande quantidade de drones e mísseis. A situação gera preocupação em Kiev, destacando a vulnerabilidade militar e as tensões com os EUA.
Intensificação dos Ataques na Guerra da Ucrânia
Após o maior ataque aéreo da guerra, forças russas lançaram uma nova ofensiva em 10 de agosto, utilizando 397 drones e 18 mísseis, principalmente contra Kiev. A capital acordou debaixo de fumaça de incêndios, com ao menos duas mortes confirmadas. A Força Aérea ucraniana conseguiu abater 368 drones e 13 mísseis.
No dia anterior (9), foram disparados 728 drones e 13 mísseis, um recorde no conflito.
Os ataques visam desgastar as defesas ucranianas, com a crença de Putin em que a Rússia pode exaurir as forças de Volodimir Zelenski. A ação é estimulada pela percepção de que a Europa não pode sustentar os EUA na oferta de suprimentos.
A Rússia inaugurou uma nova fábrica de drones em Khabarovsk, com capacidade de produção de 10 mil unidades mensais. Analistas estimam que Putin disponha de 2.500 a 5.000 drones suicidas por mês.
Enquanto os ataques aéreos afetam a população, no solo, as forças russas estão avançando, conquistando novas áreas no leste e a primeira cidade na região de Dnipropetrovsk.
Outro fator relevante é a tensão entre Putin e Donald Trump, que está se distanciando do Kremlin. O ex-presidente americano indica novas sanções econômicas que são esperadas em Moscou, especialmente contra compradores de petróleo.
O vice-chanceler russo, Serguei Riabkov, minimizou o impacto das ameaças de Trump, afirmando que a Rússia tem "mecanismos de defesa". O porta-voz de Putin, Dmitri Peskov, reafirmou que o país está aberto ao diálogo diplomático.
Diplomatas dos EUA e da Rússia se reunirão na Turquia para discutir a normalização das relações. O líder ucraniano, em uma conferência em Roma, reiterou a necessidade de apoio europeu, chamando os bombardeios de "ataques terroristas diários".
A premiê italiana, Giorgia Meloni, assegurou que a Ucrânia não está sozinha na luta.