Quais ações já foram abaladas e quais tiveram alívio com tarifa (e isenções) dos EUA?
Com a imposição do tarifaço de 50% por Donald Trump, analistas ponderam sobre o impacto nos ativos brasileiros e as possíveis isenções. Enquanto algumas empresas, como a Embraer, buscam alívio, outras enfrentam desafios significativos devido às novas tarifas.
Tarifaço de 50% nos EUA: A partir de quarta-feira (6), Donald Trump implementa tarifas de 50% para produtos brasileiros, com 694 exceções a 10%.
O economista-chefe Étore Sanchez acredita que o impacto já está precificado nos ativos, mas novas isenções são uma possibilidade, especialmente para produtos como café, frutas e carne.
A Ágora Investimentos alerta que isso pode limitar o entusiasmo dos investidores, com 36% das exportações brasileiras enfrentando essa taxa. O mercado também está atento à reação de Trump à decisão do STF sobre Jair Bolsonaro.
Análises indicam que várias ações da B3 foram impactadas. Por exemplo, Embraer viu suas ações oscilar, mas após esclarecer que estaria livre das tarifas, disparou até 10%.
A WEG enfrenta um impacto estimado de R$ 2,3 bilhões em seus lucros devido às tarifas, enquanto a Tupy e Randoncorp também são mencionadas como afetadas.
Contrapõe-se a isso o setor de celulose, que teve alívio com a isenção. Empresas como Suzano e Klabin devem se beneficiar da decisão.
O setor de carnes ficou de fora das exceções, gerando quedas de até 10% nas ações dessas empresas, embora não se esperem impactos imediatos significativos, segundo o Goldman Sachs.
A Petrobras, principal exportadora de petróleo, é uma das beneficiadas pelas isenções, ao contrário da PRIO, que sentiu o impacto das sanções.
Outro setor afetado são calçados e vestuário, onde as tarifas tornam os produtos brasileiros menos competitivos. Entretanto, a exposição ao mercado americano é considerada baixa, limitando riscos imediatos.
Os analistas destacam que, apesar da baixa exposição, a percepção de risco pode aumentar, afetando o mercado.