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Quais os sinais dados pelo Banco Central sobre o futuro da taxa de juros? Veja o que os economistas destacam

Copom aumenta a Selic para 14,25% ao ano visando controlar a inflação. Expectativas indicam novos ajustes na taxa nos próximos meses, refletindo um compromisso com a meta de inflação.

Copom Eleva Taxa Selic para 14,25%

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil aumentou a Selic em 1 ponto percentual, passando de 13,25% para 14,25% ao ano, para controlar a inflação.

Quarto maior juro real do mundo, o nível atual é o mais alto desde outubro de 2016 e equipara-se ao período da crise do impeachment de Dilma Rousseff.

O Copom indicou que novos aumentos ocorrerão na próxima reunião em maio, embora em menor ritmo, podendo chegar ao maior patamar desde o primeiro governo Lula.

No total, foi o quinto aumento consecutivo da Selic neste ciclo de aperto monetário, iniciado em setembro de 2024. O comunicado foi considerado mais duro do que o esperado.

A economista-chefe da SulAmérica, Natalie Victal, prevê um aumento de 0,50 ponto em maio e 0,25 ponto em junho, com a Selic podendo chegar a 15%.

Rafael Cardoso, do Banco Daycoval, destaca o reconhecimento da incerteza maior no cenário internacional e um diagnóstico positivo sobre a economia.

Outros especialistas também acreditam que o Banco Central irá desacelerar o ritmo dos aumentos, com probabilidade de mais um ajuste de 0,50 ponto em maio, seguindo uma continuação em junho.

No comunicado, o BC enfatizou a necessidade de uma postura contracionista devido à inflação em alta, apontando um IPCA de 5,06% em fevereiro.

A avaliação da atividade econômica mostra sinais de arrefecimento, mas ainda existe pressão inflacionária. O Copom alertou sobre um cenário externo desafiador, especialmente ligado à política econômica dos EUA.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, informou que os aumentos da Selic estavam previstos, mas aguardará a ata do Copom para uma análise mais detalhada.

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