Quais os títulos privados que melhor remuneram os investidores
Investidores buscam retornos em crédito privado, mas rentabilidade cai. A pressão da Selic alta reduz o "spread" em debêntures e CRIs, enquanto os CRAs se mostram mais estáveis.
Investimentos em crédito privado aquecem em 2025, com investidores buscando retornos maiores que a renda fixa tradicional. Contudo, a alta demanda reduziu o spread dos títulos.
A maior queda foi nos Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), seguida pelas debêntures. Os Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs) também apresentaram diminuição, mas em menor intensidade.
Desde setembro de 2022, a taxa Selic subiu para 15% ao ano. Neste ciclo, debêntures têm retorno médio de 2,10%, CRIs 2,93% e CRAs 5,08%.
Entre 2021 e 2022, CRIs pagaram 10,22%, quase quatro vezes mais que a média atual. O aumento da rentabilidade nesse período decorreu de incertezas da pandemia.
Estudo de Aruã Torigoe (Pop BR) analisou 1,6 mil debêntures e mostrou quedas significativas nas rentabilidades, enquanto os CRAs se mostraram mais estáveis. Especialistas indicam que hoje as empresas estão financeiramente mais saudáveis.
Eduardo Amorim, da Manchester, sugere retornos razoáveis: 2% a 3% para debêntures, 2,5% a 4% para CRIs e 4,5% a 6% para CRAs.
Apesar de um ambiente estável, Matheus Andrade (One Investimentos) alerta sobre os riscos do calote, devido à pressão financeira gerada pela alta da taxa Selic. Acompanhar o nível de endividamento das empresas é crucial.
Investidores devem considerar suporte profissional e avaliar ratings de crédito para evitar riscos associados.