Quais países reconhecem o Estado Palestino e o que isso significa para sua possível criação
Israel avança com a construção de assentamentos na Cisjordânia, complicando ainda mais a possibilidade de paz. O anúncio ocorre em meio a um crescente movimento internacional de reconhecimento do Estado Palestino.
Governo de Israel anunciou a construção de um assentamento com cerca de 3.500 casas, separando a Cisjordânia de Jerusalém Oriental, ameaçando a criação de um Estado Palestino.
O ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, fez o anúncio após países como França, Canadá e Reino Unido expressarem intenção de reconhecer o Estado Palestino na Assembleia Geral da ONU, em setembro.
Nove países já reconheceram o Estado Palestino desde o início da guerra em Gaza em 7 de outubro: Espanha, Irlanda, Noruega, Eslovênia, Bahamas, Jamaica, Barbados, Armênia e Trinidad e Tobago.
Atualmente, 147 dos 193 Estados-membros da ONU reconhecem o Estado Palestino. O reconhecimento da França é incondicional, segundo o presidente Emmanuel Macron.
O Reino Unido condiciona seu reconhecimento ao término das hostilidades em Gaza e a garantia de que não haverá anexação na Cisjordânia.
O primeiro-ministro Keir Starmer exige compromissos do governo israelense e do Hamas para um cessar-fogo e a desmilitarização.
O governo de Benjamin Netanyahu rechaçou esses reconhecimentos, argumentando que um Estado Palestino poderia ser uma ameaça para Israel.
A Autoridade Palestina aguarda reconhecimento para acesso a relações diplomáticas e participação plena na ONU, onde atualmente é um observador não membro.
A solução de dois Estados é debatida, mas enfrenta obstáculos como o status de Jerusalém e o direito de retorno dos refugiados palestinos, que ainda não foi resolvido.
A divisão interna entre as forças palestinas, como o Hamas e a OLP, também compromete o processo de paz.