Quais são as empresas e produtos brasileiros mais prejudicadas pela tarifa de Trump?
Taxa de importação de 50% proposta por Trump pode impactar severamente setores brasileiros, especialmente aqueles dependentes do mercado americano. Analistas destacam que enquanto o PIB geral pode sofrer pouco, a vulnerabilidade de setores como carnes, café e a fabricante Embraer é significativa.
Imposto de Importação dos EUA: O presidente Donald Trump pretende implementar um imposto de 50% sobre produtos brasileiros como carnes, café e aviões, afetando diretamente setores com grande dependência do mercado americano.
Cerca de 10% das exportações brasileiras vão para os EUA, representando apenas 1% do PIB. Mesmo assim, setores vulneráveis podem sofrer impactos significativos.
Líderes empresariais criticam a decisão, afirmando que questões geopolíticas prevalecem sobre a diplomacia. Para o suco de laranja, a situação se torna inviável com a nova taxa.
Setores Impactados:
- Combustíveis: O setor de etanol é menos afetado, mas pequenas empresas podem enfrentar dificuldades.
- Celulose e Mineração: A Suzano pode ter atritos de curto prazo, mas Gerdau e CSN se beneficiam de operações nos EUA.
- Suco de Laranja: A CitrusBR alerta que uma tarifa de 50% inviabiliza vendas e afeta a cadeia produtiva.
- Carnes: Abiec defende que questões políticas não deveriam afetar a segurança alimentar, já que os EUA dependem das importações brasileiras.
- Café: O setor deve enfrentar aumento de custos, uma vez que o Brasil fornece 30% do café consumido nos EUA.
- Bens de Capital: A Embraer pode ver suas vendas nos EUA afetadas, com potencial de impacto em US$ 70 milhões neste ano.
- Aço e Alumínio: A indústria teme que a taxação chegue a 100%, inviabilizando exportações desse setor.
Consequências Econômicas: A tarifa pode resultar em aumento de preços para consumidores americanos, especialmente em produtos como carne, café e chocolate. Brasil e EUA possuem um déficit comercial de US$ 3,2 bilhões.
A tarifa reflete a natureza política das ações de Trump, preocupando economistas que alertam sobre a incerteza nas relações comerciais e os impactos negativos nos investidores de ambos os países.