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Quais setores brasileiros mais perdem com novas tarifas de Trump

Governo brasileiro se prepara para possíveis retaliações às tarifas de 50% anunciadas por Trump, que podem impactar significativamente setores como aeronaves e alimentos. Análise aponta que a relação comercial entre Brasil e EUA, embora resiliente, pode sofrer grandes prejuízos com um agravamento das tensões comerciais.

Tarifas de 50% afetam exportações brasileiras para os EUA

O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, em uma carta enviada a Luiz Inácio Lula da Silva na quarta-feira (9). A medida surge em um contexto de recordes nas exportações brasileiras, que alcançaram US$ 16,7 bilhões nos primeiros cinco meses de 2024, um aumento de 5% em relação ao ano anterior.

A Amcham Brasil destacou o papel estratégico dos EUA como principal destino das exportações brasileiras. O Brasil também importou US$ 17,7 bilhões dos EUA, refletindo um aumento de 9,9%.

Com a possibilidade de aumentos tarifários, setores como carnes, aeronaves e produtos químicos enfrentam incertezas. As exportações de carne bovina e aeronaves cresceram 196% e 27%, respectivamente, mantendo a competitividade apesar das tarifas. Contudo, produtos como celulose e ferro-gusa já enfrentam queda nas vendas.

A CNI alertou para “muitos prejuízos” caso a relação comercial entre Brasil e EUA se deteriore. O setor de insumos produtivos é o mais vulnerável, representando 61,4% das exportações.

O presidente da CNI, Ricardo Alban, criticou as novas tarifas, afirmando que não há justificativa econômica e que os impactos podem ser graves para a indústria brasileira.

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