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Quais setores brasileiros mais perdem com novas tarifas de Trump

Brasil enfrenta a possibilidade de novas tarifas de 50% sobre exportações para os EUA, gerando preocupações sobre uma possível guerra comercial. Enquanto isso, as exportações brasileiras para o mercado americano continuam a bater recordes, evidenciando a resiliência do comércio bilateral.

Anúncio de tarifas de 50% nos produtos brasileiros pelos EUA

Na quarta-feira (9), Donald Trump enviou uma carta a Luiz Inácio Lula da Silva, anunciando tarifas de 50% sobre produtos brasileiros.

Esse anúncio ocorre em um momento em que o Brasil atinge recordes de exportação para os EUA, com US$ 16,7 bilhões (R$ 92,6 bilhões) nos primeiros cinco meses de 2024, um aumento de 5%.

A Amcham destaca a importância dos EUA como principal destino de bens industrializados brasileiros. No mesmo período, o Brasil importou US$ 17,7 bilhões (R$ 98,2 bilhões), resultando em um déficit comercial.

Com as novas tarifas, a possibilidade de uma guerra comercial aflige diversos setores no Brasil, pois o governo já sinalizou possíveis retaliações tarifárias.

A Amcham observou um aumento nas tensões comerciais e a resiliência do comércio bilateral, mesmo com tarifas já existentes. O presidente da Amcham, Abrão Neto, afirma que o Brasil se mantém como parceiro estratégico para os EUA.

Dados da CNI indicam que o Brasil tem 3.662 empresas americanas investindo no país e 2.962 empresas brasileiras nos EUA. Em 2024, cada R$ 1 bilhão em exportações gerou 24,3 mil empregos.

Os bens industriais representaram 79% das exportações brasileiras, com destaque para carne bovina (196%), sucos de frutas (96,2%) e café (42,1%).

Apesar do aumento nas exportações, setores como celulose e ferro-gusa já enfrentam retração devido à tarifa de 10%, e a nova tarifa de 50% pode agravar essa situação.

A CNI alerta sobre os prejuízos que a quebra na relação comercial com os EUA pode trazer, especialmente para o setor de insumos produtivos.

O Brasil é o terceiro maior parceiro comercial dos EUA, e a CNI enfatiza que não existem justificativas econômicas para o aumento das tarifas. O impacto nas indústrias interligadas ao sistema americano pode ser significativo.

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