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Quais setores brasileiros mais perdem com novas tarifas de Trump

Setores brasileiros se mostram preocupados com a possibilidade de novas tarifas de 50% nos EUA, ameaçando a relação comercial estratégica entre os dois países. Especialistas alertam sobre impactos negativos nas exportações, já afetadas pelas tarifas atuais.

Tarifas de 50% de Trump a produtos brasileiros podem provocar uma guerra comercial entre Brasil e EUA.

Em carta enviada por Donald Trump a Luiz Inácio Lula da Silva, anunciadas em 9 de julho, as tarifas se somam a tarifas já existentes que começaram em abril.

Brasil teve recorde de exportações para os EUA, com US$ 16,7 bilhões nos cinco primeiros meses de 2024, representando um aumento de 5% em relação ao ano anterior.

Enquanto isso, o Brasil importou US$ 17,7 bilhões dos EUA, com prejuízo na balança comercial, desafiando a afirmação de Trump sobre déficits insustentáveis.

O comércio entre os países se mostrou resiliente, mesmo diante das tarifas, com aumento na troca de produtos.

Agora, o Brasil enfrenta a possibilidade de tarifas de 50% a partir de 1º de agosto, afetando setores como celulose, ferro-gusa e equipamentos de engenharia.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) estima que a cada R$ 1 bilhão exportado ao mercado americano, são gerados 24,3 mil empregos.

Setores com aumento nas exportações incluem carne bovina (alta de 196%), suco de frutas (96,2%), e café (42,1%).

Apesar do crescimento recente, a CNI prevê "muitos prejuízos" se a relação comercial for quebrada, destacando a importância dos EUA como o 3º principal parceiro comercial do Brasil.

Ricardo Alban, presidente da CNI, criticou as novas tarifas: "Não existem fatos econômicos que justifiquem uma medida desse tamanho".

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