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Qual é a fórmula do tarifaço de Trump? E por que o Brasil ficou na lista dos menos taxados?

Metodologia polêmica marca anúncio das novas tarifas comerciais dos EUA, que variam de 10% a 34% de acordo com superávits e déficits. A fórmula utilizada gerou discordâncias e confusões sobre o critério real para a imposição das taxas.

A China enfrentará uma sobretaxa de 34% em seus produtos, conforme anunciado por Donald Trump no que chamou de "Dia da Libertação". O Japão, um tradicional parceiro dos EUA, também foi taxado em 24%. Em contraste, o Brasil recebeu uma taxa de apenas 10%.

O Escritório do Representante de Comércio dos EUA (USTR) explicou a metodologia, que utiliza o superávit comercial de um país com os EUA e o total de suas exportações. Este número é então dividido por dois, resultando na chamada tarifa "descontada".

A China, com um superávit de US$ 295 bilhões sobre um total de exportações de US$ 438 bilhões, obteve a tarifa de 34%. Outros países seguiram taxas semelhantes, como Coreia do Sul e União Europeia.

Os países com superávit comercial com os EUA enfrentaram uma taxa fixa de 10%, assim como nações com comércio equilibrado. O USTR alegou que calcular os efeitos individuais de tarifas e regulamentações é complexo, mas possível através dessa metodologia simplificada.

Contudo, a metodologia real divergiu do que Trump havia indicado inicialmente, com taxas publicadas variando do que foi mencionado em sua cerimônia de anúncio. Por exemplo, a Coreia do Sul apresentou uma tarifa de 25% e 26% em documentos oficiais.

Além disso, um memorando de fevereiro sugeria uma análise abrangente que não mencionava saldos comerciais, mas focava em práticas que limitam o acesso ao mercado. O Brasil, com seu pequeno déficit comercial, foi favorecido com a menor taxa.

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