Qual investimento escapou do 'efeito Trump' e teve o melhor retorno no primeiro trimestre?
Nos primeiros meses do segundo mandato de Trump, a volatilidade internacional impulsionou o destaque da bolsa brasileira. Setores de consumo e imobiliário se beneficiaram com a expectativa de juros mais baixos e resultados financeiros positivos.
Os três primeiros meses do segundo mandato de Donald Trump nos EUA foram caóticos para investidores, com novas políticas tarifárias e ameaças ao Irã.
Em contrapartida, a bolsa brasileira destacou-se, com o Ibovespa registrando seu melhor trimestre em um ano.
Em março, o destaque foi o Índice de Consumo (ICON), com ganho de 12,3%. No acumulado do primeiro trimestre, o Índice Imobiliário (IMOB) teve a maior rentabilidade, com 17,6% de ganho.
Gustavo Cruz, da RB Investimentos, afirma que a expectativa de juros caiu, favorecendo setores em dívida, como imobiliário e consumo. Novidades no programa Minha Casa, Minha Vida também impulsionaram o setor.
Gustavo Bocuzzi, da Ethimos Investimentos, destaca a recuperação em março, com o setor de consumo sendo impulsionado por grandes resultados, como o aumento de 21% na receita da JBS e alta de 246% no lucro líquido do varejo.
O IMOB reportou 18,5% de crescimento em receita e 33% no lucro líquido, beneficiado pelo cenário de juros estáveis, especialmente para empresas de média e alta renda.
De forma geral, os setores ligados ao consumo e ao mercado interno têm sustentado a recuperação da bolsa, mesmo em cenário misto.