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Quando a diplomacia assume o leme

A diplomacia comercial brasileira enfrenta desafios significativos diante da imposição de tarifas elevadas pelos EUA, afetando setores cruciais da economia. É essencial que o país adote uma estratégia coordenada e inovadora para garantir a proteção de suas exportações e fortalecer sua posição global.

A diplomacia comercial passou a ser central nas estratégias nacionais de desenvolvimento.

No Brasil, a imposição de tarifas de 50% pelos EUA ameaça mais de US$ 20 bilhões em exportações, afetando setores como carnes, celulose e aço.

Os impactos já são visíveis:

  • 58 contêineres de produtos pesqueiros retidos, com perdas de US$ 8 milhões;
  • Cancelamento de embarques de mel orgânico;
  • Suco de laranja enfrenta custo adicional de US$ 100 milhões por ano.

Paul Krugman alerta sobre os efeitos adversos de tarifas em economias integradas.

O Brasil necessita de uma resposta que una diplomacia econômica e ação coordenada:

  • Finalizar o acordo Mercosul–União Europeia;
  • Retomar a adesão à OCDE para aumentar confiança de investidores.

Defendemos a multilateralismo e o fortalecimento do Mercosul, mas também acordos bilaterais.

A articulação federativa é crucial. Iniciativas como Casa ParlaMento e Esfera Brasil promovem convergência.

Medidas urgentes incluem:

  • Moratória de 90 dias para tarifas do setor pesqueiro;
  • Mobilização de linhas do BNDES, drawback e programas como Acredita Exportação;
  • Investimentos em inovação e certificações.

Reforma tributária e modernização aduaneira são essenciais para reindustrialização.

Exemplos bem-sucedidos, como Polônia, Hungria, Marrocos e Vietnã, mostram a importância de um ambiente regulatório competitivo.

O Brasil deve transformar sua diplomacia comercial em política de Estado, com metas claras e visão de longo prazo.

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