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Quando e por que o celibato se tornou obrigatório para o papa e todos os clérigos católicos

A discussão sobre o celibato clerical e a possibilidade de sacerdotes casados volta a ganhar atenção, destacando a complexa história do papel da família na Igreja. Especialistas argumentam que a tradição do celibato não foi sempre a norma e que muitos dos primeiros líderes da Igreja eram homens casados.

Possibilidade de um Papa casado é um tema debatido na Igreja Católica. Desde 1378, todos os papas vieram dos cardeais, e pouco provável que o próximo papa seja casado.

A prática do celibato entre clérigos gera debates. Historicamente, muitos padres e até papas, como São Pedro, eram casados. No início da Igreja, o clero era frequentemente formado por homens de família.

O artigo do Vaticano reconhece que, nos primeiros séculos, um clero casado era comum e menciona papas como Hormisdas que também foram casados.

Historiadores afirmam que os primeiros 39 papas eram casados, e a tradição do celibato se intensificou com o crescimento da Igreja ao longo dos séculos.

A partir do Concílio de Nicéia de 325 d.C., a discussão sobre celibato se intensificou. Em 692 d.C., o Concílio de Trullo impôs o celibato aos bispos, mas sua prática não foi uniforme.

As reformas dos séculos 11 e 12 estabeleceram mais rigor na aplicação do celibato, tornando-o uma característica definidora do sacerdócio católico após o Concílio de Trento (1545-1563).

Apesar da rigidez, alguns papas eram casados antes de serem eleitos. Por exemplo, o papa Adriano II e o papa Hormisdas eram conhecidos por terem esposas.

A Igreja mostrou flexibilidade em aceitar homens casados de outras denominações, mas tanto o atual papa Francisco quanto o antecessor Bento 16 defenderam o celibato sacerdotal.

O futuro do celibato na Igreja é incerto, com especulações sobre a possibilidade de aceitação de padres casados e até mulheres no sacerdócio, mas um papa casado no século 21 é considerado improvável.

Linda Pinto, ex-freira, não espera alterações na Igreja e vê o celibato como um tema pouco aberto à mudança.

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