Quando o crime compensa: o roubo das reservas bancárias e o custo da impunidade
O recente ataque ao sistema financeiro brasileiro revela a fragilidade das medidas de segurança e a impunidade que alimenta a criminalidade. É urgente que a inovação seja acompanhada de punições severas para desestimular práticas fraudulentas e proteger os avanços tecnológicos.
Ataque cibernético no Brasil na semana passada desviou centenas de milhões de reais das contas de reserva de instituições financeiras, supostamente explorando uma falha em uma empresa de tecnologia.
Este episódio não apenas resultou em prejuízos imediatos, mas também alerta para a necessidade de equilibrar inovação com incentivos para desincentivar o crime.
No Brasil, o crime compensa devido a um sistema judiciário ineficiente que favorece a impunidade, permitindo o surgimento de uma "indústria do roubo".
- Fraudes telefônicas e ataques cibernéticos se tornaram complexos e organizados.
- O roubo das contas de reserva é um exemplo dessa evolução criminosa, refletindo falta de consequências.
Não se deve confundir o inevitable com o indesejável: a inovação do Banco Central (PIX, Open Finance) ampliou a superfície de ataque.
Incidentes são naturais nesse processo, mas é vital que criminosos sejam responsabilizados. Para um sistema inovador, é necessário:
- Compromisso de todos para aprender com falhas e melhorar controles.
- Um sistema judiciário que trate fraudes como crimes graves, com punições adequadas.
É crucial usar esses episódios para aumentar a vigilância e melhorar o controle, sem sufocar a inovação. Inovar é arriscado, mas não inovar é muito mais perigoso.
Guilherme Assis é cofundador e CEO do Gorila.